O uso da inteligência artificial na elaboração de aulas digitais em São Paulo
O governo de São Paulo planeja utilizar inteligência artificial, como o ChatGPT, para a elaboração de aulas digitais oferecidas aos alunos da rede pública de ensino. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que a ferramenta será um “facilitador” na produção das aulas, mas ressaltou que não irá substituir o papel do professor em sala de aula.
De acordo com o governador, os conteúdos elaborados pela inteligência artificial passarão pelo aval dos professores antes de serem entregues aos estudantes. Ele enfatizou a importância de usar a tecnologia com parcimônia e com a supervisão dos profissionais de ensino para garantir a qualidade do conteúdo.
No ano passado, o governo paulista enfrentou problemas com os materiais digitais escolares, que continham erros factuais graves. Diante disso, a Justiça de São Paulo suspendeu a distribuição dos conteúdos. Essa situação evidencia a necessidade de uma revisão cuidadosa dos materiais produzidos, mesmo com o auxílio da inteligência artificial.
O posicionamento do Sindicato dos Professores sobre o uso do ChatGPT
O projeto de utilização do ChatGPT na produção de conteúdo digital foi criticado pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo. A presidente do sindicato e deputada estadual, Professora Bebel, argumentou que as tecnologias e as TICs são ferramentas auxiliares no processo educativo e não podem substituir o trabalho do professor.
Em nota, a parlamentar informou ter protocolado uma representação no Ministério Público Estadual contra a iniciativa. Além disso, o uso do ChatGPT na produção de conteúdo das aulas digitais será discutido em uma assembleia da categoria, marcada para o dia 26 de abril.
Essa resistência por parte do Sindicato dos Professores demonstra a importância de garantir que a tecnologia seja utilizada de forma complementar e não como substituta do papel do professor no processo educacional.
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