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Rio Bane Celulares em Aulas e Recreio – Veja Como!

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Rio Bane Celulares em Aulas e Recreio – Veja Como

Restrição de Celulares em Escolas Municipais do Rio

Recentemente, a Prefeitura do Rio de Janeiro estabeleceu novas diretrizes relativas ao uso de celulares em escolas municipais. Essa normativa, assinada pelo prefeito Eduardo Paes, limita o uso dos aparelhos ao período pré e pós aulas, salvo ocasiões excepcionais. Com efeito imediato, o decreto terá aplicabilidade prática após um prazo de 30 dias. A Secretaria Municipal de Educação é responsável por elaborar as regras detalhadas para a implementação dessa medida.

Uso de Dispositivos Durante o Recreio e Intervalos

A nova regra é enfática ao proibir o uso de celulares durante o ensino em sala de aula, bem como nos intervalos das aulas e no recreio. A exceção a essa regra se aplica aos alunos da Educação de Jovens e Adultos, que ainda poderão utilizar seus celulares durante os intervalos. Segundo as diretrizes, os alunos devem manter os dispositivos desligados ou em modo silencioso, armazenados em mochilas ou bolsas. Desrespeitar essas normas pode levar a advertências por parte dos professores, que estão autorizados a intervir.

Condições para Permissão de Uso

Apesar das restrições, existem circunstâncias em que os celulares e outros dispositivos eletrônicos podem ser empregados para finalidades pedagógicas, a critério dos professores, como para pesquisas ou acesso a conteúdos educacionais digitais. Além disso, alunos com deficiências ou condições de saúde que exijam o uso contínuo destes dispositivos têm permissão para mantê-los em funcionamento.

Em situações de emergência classificadas nos estágios operacionais 3, 4 e 5 pelo Centro de Operações da Prefeitura, que incluem eventos como fortes chuvas e grandes incidentes de trânsito ou segurança, o uso também pode ser liberado.

Feedback da Comunidade e Consulta Pública

Antes da oficialização do decreto, a Secretaria Municipal de Educação promoveu uma consulta pública. O feedback obtido contemplou mais de 10 mil participações, indicando um apoio significativo à medida: 83% das respostas foram favoráveis, 6% contrárias e 11% parcialmente favoráveis.

Essa resposta reflete o comprometimento da comunidade com a necessidade de abordar a questão do uso de celulares e sua influência na educação. O secretário municipal de educação na época, Renan Ferreirinha, enfatizou a importância dos dados coletados na consulta, sinalizando a alta demanda por debate e ações concretas em relação ao uso desses dispositivos.

O Papel da Escola no Debate sobre a Tecnologia

Apesar do suporte público à proibição do uso de celulares, especialistas da área educacional sugerem uma perspectiva ponderada com relação às restrições. Rosemary dos Santos, pedagoga e pesquisadora, menciona a importância de inserir a discussão sobre o papel dos dispositivos tecnológicos na vida escolar.

A preocupação é que, ao excluir completamente o uso de celulares no ambiente escolar, perde-se a chance de debater e entender o impacto dessas tecnologias na sociedade. Os desafios e problemas derivados do uso contínuo desses aparelhos são parte da realidade dos alunos, e a escola pode ser um espaço estratégico para reflexão e aprendizado sobre o assunto.

Os problemas relacionados ao uso excessivo de telas não são restritos ao âmbito escolar; eles fazem parte de uma questão social mais ampla. Assim, a escola apresenta-se como um ambiente adequado para investigar e abordar esses desafios de maneira educacional e consciente, permitindo aos alunos o desenvolvimento de uma relação saudável e crítica com a tecnologia.

A Responsabilidade Educacional e Tecnológica

A implicação dessa nova política vai além de meras proibições, trazendo à tona a necessidade de adaptação do sistema educacional face à realidade tecnológica contemporânea. Está claro que, para além das regras e restrições, há uma oportunidade e uma responsabilidade direcionadas aos educadores, pais e à comunidade escolar de discutir, mediar e orientar o uso consciente da tecnologia como ferramenta de aprendizado e inclusão.

Neste contexto, é crucial que profissionais da educação sejam capacitados não apenas para aplicar as restrições, mas também para integrar as tecnologias disponíveis em métodos pedagógicos inovadores e eficazes. Dessa maneira, a escola pode se tornar um ponto de integração entre educação e tecnologia, criando um ambiente de aprendizado mais dinâmico e preparado para os desafios do futuro.

Para assegurar o cumprimento destas novas regras e manter a eficácia no processo educacional, uma abordagem coletiva e colaborativa se faz necessária, envolvendo todos os agentes do ambiente escolar em um diálogo contínuo e construtivo acerca do uso de celulares e outras tecnologias na educação.

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