Professores do Cefet-RJ aderem à greve nacional
No Rio de Janeiro, os professores do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) vão aderir à greve nacional da categoria a partir do dia 2 de maio. A informação é do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-RJ). Os demais professores de universidades e institutos federais ainda não se juntaram ao movimento nacional, que teve início hoje (15).
Paralisações e mobilizações nas universidades federais do Rio de Janeiro
Na Universidade Federal Fluminense (UFF), os professores decidiram por uma paralisação de 24 horas para pensar sobre a construção da greve. Já os professores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) permanecem em estado de greve, avaliando o andamento das negociações com o governo federal.
Cláudia Piccinini, vice-presidente do Andes-RJ, explica que a mobilização no Rio de Janeiro visa avançar na pauta da recomposição orçamentária das universidades públicas e institutos federais, além de contestar portarias e resoluções do governo federal. A falta de contrapropostas do governo nas negociações tem gerado insatisfação, já que as universidades estão com valores abaixo do necessário para suas despesas.
Situação nacional e reivindicações dos docentes
Segundo o Andes, profissionais de 17 instituições de ensino federal iniciaram a greve em todo o país, com outras três já paralisadas anteriormente. A falta de contrapropostas do governo tem sido um ponto de tensão, já que os docentes pedem um reajuste de 22,71% em três parcelas a serem pagas até 2026.
Mobilização na UFRJ e críticas à decisão de greve
Nos últimos anos, os cortes de verbas têm afetado a infraestrutura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), levando a problemas graves de manutenção e falta de recursos. A ADUFRJ critica a decisão nacional de greve, alegando que as negociações ainda estão abertas e que a paralisação total das atividades pode prejudicar a mobilização dos docentes e alunos.
A associação busca maior apoio da sociedade para as demandas dos professores, alegando que a conjuntura atual não é favorável para uma greve. A decisão de adotar um estado de mobilização visa manter a universidade aberta e engajada com a sociedade civil.
Alternativas apresentadas pelo Ministério da Educação
Em nota, o Ministério da Educação afirmou estar buscando alternativas de valorização dos servidores da educação e participando de mesas de negociação. No ano passado, houve um reajuste de 9% para todos os servidores, e a pasta está aberta ao diálogo para encontrar soluções para as demandas dos docentes.
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