Servidores técnico-administrativos e professores das universidades em greve
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo irá disponibilizar novos recursos para atender as demandas dos servidores técnico-administrativos e professores das universidades e institutos federais que estão em greve em várias regiões do país.
O governo já sinalizou com recursos adicionais para negociar não apenas o plano de cargos e salários, mas também o reajuste salarial para essas categorias. Uma nova proposta será apresentada na sexta-feira (19), segundo Santana.
Em reunião da Comissão de Educação do Senado, o ministro afirmou que o governo tem se esforçado para encerrar o movimento grevista e destacou que o Ministério da Educação não tem condições de aumentar a proposta para os servidores por conta própria devido ao orçamento limitado.
Segundo Santana, o orçamento do MEC não comporta mudanças que envolvam incremento de pessoal ou reajuste para os servidores. O ministro não antecipou o valor reservado para os professores e técnicos administrativos das instituições federais de ensino, mas explicou que haverá uma complementação orçamentária dentro do espaço fiscal disponível.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, lidera as negociações com os servidores e será responsável por fazer o anúncio do valor disponibilizado. Santana ressaltou que o governo já concedeu um reajuste de 9% para toda a administração pública no primeiro ano, após seis anos sem reajuste.
O ministro criticou a greve e afirmou que ela prejudica o país e os alunos. Ele destacou que a greve ocorre quando não há mais diálogo ou possibilidade de melhorias, o que, segundo ele, não é o caso atual.
Entenda a greve dos servidores das universidades e institutos federais
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, ao menos 360 unidades de ensino aderiram à greve que começou no dia 3. As demandas incluem recomposição salarial, que varia de 22,71% a 34,32% dependendo da categoria, e reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e docente.
Os professores das universidades federais também entraram em greve nacional na última segunda-feira (15). Eles rejeitaram a proposta do Ministério da Gestão e reivindicam um reajuste de 22,71% em três parcelas de 7,06% ao ano.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas nos benefícios como auxílio-alimentação, assistência pré-escolar e saúde suplementar.
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